O sexto lugar de Gabriel Bortoleto no Grande Prêmio da Hungria foi mais do que apenas um bom resultado para um estreante. Foi uma performance que fez o paddock da Fórmula 1 prestar atenção. Prova disso é a análise detalhada feita pelo ex-piloto e atual comentarista Jolyon Palmer, que colocou o brasileiro como um dos principais candidatos ao título de “Novato do Ano”. Mas o que, na visão de um especialista, tornou a corrida de Bortoleto tão especial?
A F1 hoje é um esporte de detalhes, e a pilotagem do brasileiro na Hungria foi um primor nesse quesito. Vamos mergulhar nos pontos que Palmer destacou em sua análise.
Uma Largada Agressiva, Mas Inteligente
Primeiramente, a largada de Bortoleto foi um dos pontos altos. Partindo do meio do grid, ele conseguiu ganhar posições preciosas na primeira volta, um momento de caos onde a experiência costuma fazer a diferença. Palmer ressalta que a agressividade do brasileiro foi calculada. Ele não se envolveu em disputas desnecessárias que poderiam terminar em acidente, mas posicionou o seu Sauber de forma inteligente para aproveitar os espaços deixados pelos outros. Essa combinação de audácia e maturidade é rara em um piloto em sua primeira temporada.
Uma prova disto é o ranking de potência de largada, no qual Bortoleto ficou em primeiro lugar.

Gerenciamento de Pneus de Veterano na F1 Hoje
O Hungaroring é uma pista que “devora” pneus. O asfalto abrasivo e as curvas constantes exigem um gerenciamento perfeito para não perder rendimento. Neste ponto, Bortoleto brilhou. Segundo Palmer, a capacidade do brasileiro de manter um ritmo forte sem exigir demais dos compostos foi o que permitiu que sua estratégia funcionasse. Enquanto pilotos mais experientes sofriam com a degradação, ele se manteve consistente. Essa é uma das habilidades mais valorizadas na Fórmula 1 hoje e um sinal claro do potencial de Bortoleto. A análise técnica dos dados de telemetria certamente comprova essa eficiência.
Superando a Pressão de um Campeão
Durante a fase final da corrida, Bortoleto se viu sob intensa pressão de Fernando Alonso, um bicampeão mundial. Para qualquer estreante, ter um Aston Martin no retrovisor seria motivo para nervosismo e, possivelmente, um erro. No entanto, o brasileiro manteve a calma. Palmer destaca como Bortoleto defendeu sua posição de forma limpa e eficaz, sem nunca colocar o carro em risco. Ele usou a bateria de forma inteligente para se defender nas retas e posicionou o carro perfeitamente nas curvas. Superar um teste como este e terminar à frente de Alonso foi, nas palavras de Palmer, a “cereja no topo do bolo” de sua performance.
O Veredito: Candidato a Novato do Ano?
A conclusão de Jolyon Palmer é clara: com performances como a da Hungria, Gabriel Bortoleto não é apenas um piloto para o futuro, mas uma realidade no presente. Ele se coloca firmemente na disputa pelo título simbólico de “Rookie of the Year” (Novato do Ano). Sua consistência em marcar pontos com um carro do meio do grid e sua capacidade de maximizar as oportunidades são qualidades que o destacam. O mercado de pilotos está sempre de olho em talentos que entregam mais do que o equipamento permite, e Bortoleto está a fazer exatamente isso. Para mais análises de especialistas, o site oficial da Fórmula 1 é uma excelente fonte.