A Fórmula 1 hoje chega à sua tradicional pausa de verão com um cenário que poucos poderiam prever no início do ano. A temporada de 2025 tem sido uma montanha-russa de emoções, com uma nova equipe a assumir o papel de força dominante e campeões a lutar para encontrar o ritmo. Este é o momento perfeito para respirar fundo e fazer um balanço do que vimos até agora.
Nesta análise, vamos avaliar o desempenho das principais equipes e pilotos, destacando as surpresas, as decepções e o que podemos esperar quando os motores voltarem a roncar no final do mês.
A Surpresa do Ano: A Ascensão da McLaren
Primeiramente, é impossível não começar pela McLaren. A equipe de Woking não só cumpriu a promessa do final da temporada passada, como se estabeleceu como a força dominante do grid. Com uma dobradinha impressionante na Hungria, a equipe lidera o campeonato de construtores. Lando Norris e Oscar Piastri formam, talvez, a dupla mais forte da F1 hoje, e a batalha interna entre os dois pelo título de pilotos promete ser o grande enredo da segunda metade da temporada.
O sucesso da McLaren é fruto de um carro excecionalmente bem equilibrado e de uma equipe de estratégia que tem operado com uma precisão quase perfeita. Eles são, sem dúvida, a equipe a ser batida.
A Decepção: O que Aconteceu com a Red Bull?
Em contraste com a McLaren, a Red Bull tem sido a grande decepção. A equipe que dominou a era anterior dos regulamentos parece ter perdido o rumo. O nono lugar de Max Verstappen na Hungria foi o ponto mais baixo de uma campanha irregular, marcada por dificuldades em entender os pneus e erros estratégicos. A pressão sobre a equipe técnica, liderada por Adrian Newey, é imensa. Eles terão de usar esta pausa para encontrar respostas, caso contrário, arriscam-se a ver o título escapar por completo. A nossa análise técnica aprofundada sobre os seus problemas será publicada em breve.

A Luta pelo “Melhor do Resto”: Mercedes vs. Ferrari
Atrás da McLaren, a luta pelo segundo lugar no campeonato de construtores está acirrada entre Mercedes e Ferrari. A Mercedes, com a consistência de George Russell e os pontos do estreante Kimi Antonelli, parece ter uma ligeira vantagem. O pódio de Russell na Hungria foi um grande impulso moral. A Ferrari, por sua vez, tem um carro rápido na qualificação, mas continua a sofrer com o ritmo de corrida. Charles Leclerc e Lewis Hamilton terão de ser perfeitos para levar a equipe de Maranello a superar os seus rivais alemães. As próximas corridas em pistas de alta velocidade, como Spa e Monza, serão cruciais, como pode ver no nosso calendário completo.
Destaque do Meio do Grid: Gabriel Bortoleto
No meio do pelotão, o grande destaque tem sido o brasileiro Gabriel Bortoleto. O piloto da Sauber tem superado todas as expectativas, marcando pontos de forma consistente com um carro limitado. O seu sexto lugar na Hungria foi uma performance de veterano, que lhe rendeu elogios de todo o paddock. A sua adaptação rápida e a sua maturidade na pista colocam-no numa excelente posição para o futuro, especialmente com a chegada da Audi em 2026. Acompanhar a sua evolução é um dos grandes atrativos da F1 hoje para o público brasileiro.